domingo, 11 de abril de 2010

Supernova

Me despedi sem mesmo ter esperado.
Corri pra tão longe e você não conseguiu me ver mais...
Nunca mais...
Corri sem um destino definido.
Pra nunca mais ter que te olhar nos olhos...
Nunca imaginei que o fim teria um gosto tão amargo.
Sujei minhas mãos com o meu sangue.
E com o mesmo te presenteie...
Agora corro atrás dos cometas perdidos.
Que os deixei um dia, para ficar ao teu lado...
Acho que não posso mais alcançá-los...
Mas se eu quiser ainda posso te ver de volta...
Toda aquela esperança perdida.
Para conhecer novos mundos... E outras rosas.
O vento aqui no espaço é tão denso...
Quem sabe em outra vida...
Eu novamente possa me cortar com teus espinhos.
Ou em algum lugar esquecido por deus e pelos anjos...
Para o lugar onde eu vago agora...
Tu não podes me acompanhar...
A estrada é árdua...
E a minha triste penumbra, já não se revolta...
Tu não mereces ter o mesmo destino que eu...
Eu vou queimar por muitos anos...
E você vai se banhar de mel todas as noites...
Não sei bem ao certo.
Porque fujo...
Mas eu nunca soube de nada...
E sempre segui a esmo...
No meio dessas estrelas com calda.
Pode ser que eu me encontre qualquer dia...
E eu ache o meu cometa escondido...
Por trás de um buraco negro...
Ou de mais uma supernova.

Nota: Inspiração tirada do livro "O Pequeno Príncipe"

Jeferson Guedes