quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Quando eu quero ou preciso

Eu vejo somente
O que eu quero.
Por isso fecho os olhos
Para o mundo.
Eu escrevo
A minha própria neblina.
E dou asas a minha Quimera.
Não preciso de Deus,
Pra fazer isso.
Pois eu morro
A hora que quero.
E me ressuscito
A hora que preciso.
Vejo somente
O que eu quero.
E quando escrevo...
Eu crio,
A minha própria neblina.



Jeferson Guedes

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Em meu silêncio

Respondi-te
Em meu silêncio,
Tu já sabias
Antes de eu falar.

Parece que lê
Meus pensamentos,
Mesmo em quando
Eu nada penso.


Jeferson Guedes

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Meus braços

Meus braços
São fracos
E não conseguem
Sustentar
Meus desejos.
E já não seguro
Deixo-os ao relento,
Que espero
Vir até mim
Um sopro tão forte...
Que me separe da vida.
De todos os momentos,
De tudo o que passei.
Sou jovem,
Mas sem vida.
Afogo-me no lago
Das minhas percas,
E lá também encontro
O meu corpo perdido.
A tristeza é tão forte...
Que não resisto
E me entrego
A outros versos,
Sem sorrisos,
Sem esperanças.
Qual foi a noite
Que passei sem ter
Soluços?
Sem ter pensado
Naqueles outros mundos
Que se fazem
Na outra ponta
Do mar?
Que me parece
Ser tão infinito...
Que não há fim.
Passei algum tempo...
Imaginando o que tem do outro lado.
E quando dei por mim...
Você já não estava
Mais comigo.
Perdido e sozinho.
Sou assim,
Desde os meus primeiro passos.
Cresci,
E ainda não entendo
Ao certo...
O que tanto me cerca.
Das pessoas que se importam...
E das outras,
Que eu sei,
Existem,
E estão mortas.
Mas ainda respiram.
Carrego tanto vazio
Nos olhos...
E os meus desejos
Eu deixei
Num lugar,
Que hoje eu já não lembro.
É melhor assim.
Bem sei,
Que das coisas que desejo...
Meus braços são fracos
E não agüentam.



Jeferson Guedes

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Naufrago

Tanto tempo...
Vagando sem sentido,
No meio desse oceano...
De tantas lágrimas,
De tantos gritos.
Vejo uma luz...
Tão longe no horizonte...
Será um farol?
Não.
É só o sol nascendo
De novo...



Jeferson Guedes

Tão alto

Como ter certeza
Sobre o que há tão alto?
Sobre o que há de tão sublime...
Nesse céu...
Que passo horas julgando
O que há de haver lá em cima.
Tão alto...
Tão alto...
Nem mesmo os pássaros sabem!
O que tem nas alturas.
Tão alto...
Tão longe...
Mas há de haver
Alguma coisa!
Tão alto...
Tão longe...
Tão distante de mim...
Eu tanto olho,
Vejo nuvens.
Vejo azul.
E o escuro à noite...
Espero um dia poder
Descobrir teus mistérios.
Doce céu dos meus sonhos...



Jeferson Guedes

Cortina do poema

Eu me agarro
Na cortina do poema.
A cortina está queimando...
Eu me agarro.
Com todas as forças!
Ela arde sobre meu corpo...
Mas eu não solto.
Eu sempre gostei
Das chamas ardendo!
No meu peito tão tristonho...
Eu me agarro no poema.
E ele me queima.
Fiz desse poema
A minha cortina.
Que não me faz...
Enxergar através da janela...
E eu me sinto bem assim.
Não conseguindo ver...
E queimando por dentro.
Ainda assim...
Eu tenho o meu poema.



Jeferson Guedes

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eu busquei o sol

Eu busquei o sol...
Ele já não brilhava.
Eu fui aos confins...
E busquei-o só pra ti.
Pra que não se estremeça,
Com o escuro das nuvens.
Eu fui aos confins.
E o trouxe!
No bolso do meu casaco...
Mandei as nuvens pra longe,
Pro céu não chorar mais.
E sim...
O sol sempre brilhar.
Pra poder fazer...
Teus olhos brilharem...
E os meus também.
Quando me pego...
Olhando pra ti.
Eu busquei o sol...
E busquei-o só pra ti.



Jeferson Guedes

domingo, 19 de setembro de 2010

Ao Pequeno Príncipe


Oh, meu pequeno príncipe...
Viajas tanto,
Negaste teu legado.
Deixaste pra trás...
A tua rosa,
Sentes tanta falta...
Das queixas,
E do perfume.
Viajas tanto...
Viste que existem outras rosas,
Mas aquela é tudo pra ti.
Olha para o céu estrelado
Tu as vês como diamante.
E chora por não ter mais a rosa.
Vê estrelas...
Vê outras rosas.
Bem sei que,
Querias só aquela.
Viajas tanto...
Sem saber...
Viajas pra conhecer.
Não outras rosas...
Pra conhecer outros mundos...
Mas a deixaste pra trás...
E a saudade te atormenta.
Oh! Meu pequeno solitário...
Volte à sua rosa.
Bem sabes que,
Não poderás deixá-la novamente...
Sabes também que ela sente saudade
E ela não resistira ao próximo inverno...
Sem ter os teus cuidados.



Jeferson Guedes

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Divã...

Engraçado, minha família falando de pessoas que morreram na hora do almoço. Falam tanto... Até parece que não tem um corpo morto na panela... Falaram de deus... Que deus dá força pras pessoas necessitadas... Mas... Parece que eles não sabem que as pessoas morrem. É sempre assim, Sempre morrem. Os parentes choram. Ficam alguns dias... Escutando música baixinho, por estarem de luto. Mas... Passa um tempo... E voltam a ouvir músicas no ultimo volume. Sei lá. Hoje eu senti que o mundo inteiro é hipócrita. Não sei bem... Eu acho que quando eu perder uma pessoa amada... Eu não vou ficar muito tempo de luto. Não adianta estar triste. Se já foi. Já era. Não há mais vida. Se deus é tão bom... Ele devia fazer as pessoas viverem pra sempre. Mas ele fica preocupado... Por não ter lugar no mundo pra tantas pessoas vivas... E ele teria que fazer outra terra e isso daria muito trabalho. Eu queria ir antes de qualquer pessoa que gosto. Só pra não ser hipócrita. A dor... Não existe nada além da dor. Me senti egoísta, por não querer sentir a dor da perca. Então acho... Que eu nem queria estar vivo.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O mesmo de sempre

Estranho
Momento estranho
Eu tenho vontade
De esmurrar o vento
Até sangrar meus punhos
Vontade de tirar toda a dor do peito
Com um grito
Me sinto tão sozinho
Que até converso
Comigo mesmo
E discordo de tudo o que digo
Me consolo em saber
Que o tempo passa
E me entristece em saber
Que eu continuo o mesmo



Jeferson Guedes

Eu não sei

Não tenho muito a olhe oferecer.
Trago apenas meu sangue...
E um par de olhos murchos.
Por onde eu fico,
Tudo escurece.
Tudo fica mudo.
Hoje,
Não sei bem...
Eu nunca sei.
Esqueço de tudo...
Apesar de tudo...
Ainda sinto.
Ainda eu morro.
Ainda eu vivo.
Ainda sou cego...
Risos.
Hoje,
Não sei bem...
Eu nunca sei.
Não to feliz.
Nem triste.
Lembrei daquilo...
Nunca esqueço.
Mas eu nunca sei...
Só sei que sinto,
Aquilo que eu não sei.
Só sei que estou vivo.
E não sei...
Se estiver vivo
É bom ou ruim?
Só sei...
Das coisas que eu não sei.
Mas ainda,
Tenho meu sangue...
E um par de olhos murchos.
Se você quiser...



Jeferson Guedes

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Noite

Hoje,
Eu quis sentir a noite
Dentro de mim.
Quis parar pra escutar
O som de tudo...
O que estava em minha volta.
Senti a brisa,
Senti o pulsar das coisas,
Senti o escuro,
Senti tua falta.

Confesso.

(...)

Senti coisas que eu não queria.
Vi-me tão distante.
Vi-me tão frágil.
Sei que deixei cair
O espelho
E parei pra me ver
Entre os cacos.
Vi as manchas que rodeiam meus olhos...
Senti que meu coração
Apenas tristemente bate.

Não tenho certeza
Do que é feito
O meu sangue.

(...)

Sou um completo vazio
Mas sou repleto de sentimentos.
Talvez,
Eu sempre estivesse certo.
Eu sempre estivesse no caminho,
Nesse mesmo caminho
Que penso estar tão perdido...
Tão desorientado.

(...)

À noite
Que eu sinto,
Faz-me de prisioneiro
Numa masmorra.
Onde o vento só bate
Não trás nada,
Só bate...
E nunca diz nada.

(...)

Dos abraços que tive...
O teu é o mais suave,
O mais belo,
O mais certo.

Deixei o espelho cair.
Apenas por descuido.
Ele caiu.
Partiu-se em tantas verdades...
E cá estou eu
Sentindo a noite...
E a falta...

A sua falta!

(...)

Ora!
A saudade
É tão ruim...
Mas é nela
Que damos valor
As coisas.
Se não fosse ela
Aquela que eu tanto gosto...
Tanto aprecio...
Seria como
Um instrumento,
Que não sei tocar.
E só me serve de enfeite.

Em todo caso...
Tu és meu enfeite.
E deixa minha vida mais bela...
Mas tu não és qualquer enfeite.
És o que tem de mais belo no mundo!

E eu sei tocar...
Se acaso tu sejas um instrumento.

(...)

E eu ainda sinto a noite.
Sinto o barulho.
Adianto meu relógio...
Por medo do atraso,
Pra também me dar
A sensação,
Que não vai demorar tanto assim...
Pra eu voltar a revê-la.

(...)

Não consegui achar a flor...
A noite ofusca as flores,
Mesmo na primavera.

(...)

Outro aniversário passou hoje...
Outra lembrança,
Outro acaso,
Outra cólera.

(...)

Dar-te-ei tudo o que quiseres!
Só saiba como me usar.
Tire proveito...
Se aproveite mais do que eu
Desse corpo,
Que só anda por descuido,
Por tragédia,
Por um sangue imundo.

(...)

Queria poder voar pra tão longe...
E deixar pra trás tantas coisas,
Que me atormenta.
Que não me faz sentir
O que eu quero.
Pois queria sentir o dia!
Não à noite...
A noite é escura.
Meus olhos também são.
Não gosto dos meus olhos...
Como se fossem um poço
De águas turvas.

(...)

O espelho caído.
A noite caída.
Meus olhos caídos.
Meus sonhos ao chão.

(...)

Todavia,
Sei,
Que posso apanhar os cacos,
Dar outra vida à noite...
Tornar meus olhos mais vivos...
E dar vida a quimera dos meus sonhos...
Basta eu querer.
Basta eu ter mais coragem.

(...)

Silêncio tolo.
Ele me faz pensar por demais...
O barulho das coisas que não tem vida...
Que só servem de peça decorativa.
Que não servem pra quase nada.
Apenas estão ali...
E fazem barulho!

(...)

Oh! Maldita noite!
Que não me deixa descansar...
Insônia.
Pensamentos.

A noite só se torna bela...
Quando podemos abraçar
Aquela pessoa que nos faz
Sentir a saudade.
Que não é só enfeite,
Que não está ali só pra decorar,
Que está ali
Sempre ao meu lado,
Tirando-me sorrisos.
E me faz sentir feliz...
E até pensar no dito futuro...
De alimentar incertezas,
Das minhas noites de sonhos bons...
Ou das noites que não consigo fechar o olho...

(...)

Dói
Meu peito.
Doem os cacos.
Dói a vida.
Sem ti...
Dói tanto...
A minha noite.


Jeferson Guedes

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Olhar e mais nada

Custa tanto
Dizer adeus
Dizer que nunca mais
Pra nunca mais
Se perder
Pra nunca
Se achar
Custa
Desejar
Olhar
Perder
Encontrar
Agora me vejo
No meu ridículo
Estado do ser
Que eu me fiz nascer
Entre as fugas
Que tive tanto
Entre meus sonhos
Entre tudo e tão pouco
Meu medo
De acordar
E tentar viver
De acordar
E me olhar no espelho
Fraquejando outra vez
Tentando encontrar
Meus olhos
Na ponta
Da faca
Na beira
Do meu abismo
Ou no final dessa rua
Que se acaba
Por não ter saída
Olhar e ser limitado
Olhar e ver aquilo
Que eu não posso ser
Olhar e ver o que
Eu não posso mais ter
Olhar o que não me foi cedido
Olhar e ver os sonhos
Caídos,
Mortos
Não tento achar um motivo
Apenas eu guardo
Algo que me faça
Que me aqueça
Que me faça
Que me proteja
Que me faça
Ser outra pessoa
Pois essa
Que tanto escreve
Escreve
Escreve
Sem uma razão certa
Sem uma folha branca
Sem tinta na ponta da pena
Tantos momentos
Que eu só estive comigo mesmo
Contando meus passos
Caminhando
Sem saber aonde tanto
Queria chegar
Bem sei que
Tenho uma âncora
Mas ela não me deixa parado
Talvez seja muito pesada
E aos poucos me leva
Pra baixo
Tão incerto
Tão por puro desespero
E um grito
De sublime medo
Ao
Acaso
do
Momento falido
E
De olhar
O momento morto




Jeferson Guedes

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Por completo

Gosto de ti por completo.
Senão não ia gostar de fato.
Gosto de ti porque você é ti.
E a ti não existe mais ninguém igual...
Gosto de ver você sorrir...
E me debruço na janela do sol
Só pra te ver.
Risco traços nas estrelas
Só por imaginar teus olhos.
E a brisa que acorda meu rosto,
Sempre me traz um pouco do seu cheiro.
Gosto de ti
Pelo o que tu és.
Gosto de ti por completo.
Cada movimento seu...
Faz-me nascer de novo.
Faz-me sorrir de novo.
E o gosto que é tão amargo...
Torna-se tão doce.
Já que tu és o que és
E eu gosto disso
Nada alem disso.
Desde o toque ao cheiro.
Desde o canto ao corpo.
Desde tudo o que me completa.
Gosto de ti por completo...
E já não sei viver sem você.
Eu sem você seria quase,
Quase uma rosa sem o espinho.
Ou
Quase o moinho sem o vento.
Pois a rosa não fica completa
Sem o espinho.
Sem o espinho, a rosa apenas existe.
Nem o moinho não fica completo
Sem o vento.
Sem o vento, o moinho apenas existe.
E assim
Fico eu
Se você não está por perto,
Ou se não te tenho.
Eu apenas existo.
Torno-me incompleto.
Mas sorte a minha.
Hoje eu te tenho
E me sinto
Completo.




Jeferson Guedes

sábado, 4 de setembro de 2010

O desencanto do meu encanto

E aí então me surgiu o desencanto
Das coisas que eu vejo
Das coisas que eu sinto
Quem me dera
Vir-me o encanto
Uma outra vez
Das vezes que eu tremo
E aquelas mesmas que eu temo
Eu temo olhar pro nada
E eu tremo por não enxergar nada
A mesma idéia de desencanto
Queria me enganar outra vez mais
E me fazer encantado
Por um canto
Por um abraço
Por um tudo
É minha vida se finda no desencanto
Das pessoas que eu mais gostei um dia
Que hoje não me importam tanto
Diz-me que horas são
E diga que o sol vai nascer de novo
E não me trará novamente
Desencanto
Outra noite a mais
Outra vez mais
Um abraço apenas
Mais um canto
Que não seja desencanto
E sim
Pra todo o sempre
Ser o meu encanto



Jeferson Guedes

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Mais uma vez, meu divã

Eu queria direcionar esse blog só pros meus poemas... Mas é só aqui que eu me sinto a vontade pra escrever tudo o que eu penso e tals... Tipo... Quase com se fosse um divã, mas sem um pilantra chorando junto comigo, pra depois levar o meu dinheiro. Dinheiro... Eu nem me importo muito... O que eu tenho já... Pra mim já está de bom tamanho, talvez por eu só viver o agora... E estar pouco se fodendo pra porra do futuro. Sei lá... Eu já tive sonhos... Já tive ambições... Mas tudo se foi por água abaixo eu acho. Sei lá... Sei lá mesmo. É sempre uma incerteza filha da puta. Eu não lembro qual dia que acordei e não pensei em enfiar uma faca no meu pescoço... Seria como se fosse um chupão... Mas um chupão bem forte... Que não ficasse uma marca superficial... E sim que me tirasse esse sangue que eu tenho, esse sangue que eu tenho tanto nojo. Eu carrego o sangue do meu pai, e isso me traz muito nojo. Hahahahhah. Bom que se foda. Que se foda a vida... Eu não paro de ouvir essa merda de dance of days... Eu me identifico com o Nenê Altro. Acho que talvez por ele não se importar com porra nenhuma, que nem eu faço sempre... Sei lá. Foda-se. Me deu vontade de falar: FODA-SE. Sei lá porque eu to me sentindo assim... Um tanto acuado. Acho que eu to carente e preciso de um abraço. Mas não de qualquer pessoa... Eu só queria um abraço...



"eu sou aquele que nunca soube respirar... Sem sentir o sangue na garganta"

Sozinho

Eu fico pensando

Eu sou sozinho porque eu quero

Não preciso de ninguém

Eu jamais precisei

E eu me prendo a algo que eu sei

Que vai me deixar sozinho

Acho que eu gosto de ser assim

Me sinto um tanto feliz por isso

De saber que eu vou ficar outra vez sozinho

De saber que o fim é sempre o mesmo



Jeferson Guedes

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Ferida amarga

A minha mãe assoprava meus machucados.
Ela dizia que ia parar a dor.
E mesmo latejando...
A dor eu já não sentia tanto.
Saudades daqueles tempos...
Tempos de criança boba, inocente.
Que a minha mãe me trazia doces,
Pra minha boca não se tornar amarga.
Mas agora...
Tão adulto e triste eu sou.
E minhas feridas...
Crescem mais todo dia...
A minha mãe já não as assopra.
E nem quero que a dor passe.
A dor que nunca passa.
E a minha boca se torna amarga,
Por causa da bebida e do cigarro.
Nem doce.
Nem assopro.
Eu me tornei uma ferida amarga.
Que por mais que os dias passem...
Essa ferida do que eu sou hoje...
Com o passar do tempo...
Só mais cresce.


Jeferson Guedes