quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Talvez seja fruto

Talvez
Seja fruto
Do que eu mais desejo
Talvez
Seja ao todo
Do que mais preciso
De outra vez mais
Eu me jogo sem pensar
Doutra vez
Eu me perco
Em um único olhar


Jeferson Guedes

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Do momento em que tudo se confunde

Do momento
Em que tudo se confunde
Entre uma brecha e outra
Eu compreendo
Sei sobre o que falar
Na verdade,
Jamais segui constante
Sempre me fiz ser
O que de tudo me impede

Já cansei de esperar

Não posso mais
Já não quero ser distante
Quero tudo
E sigo o vento
Contando os sonhos
E os tropeços
Que nada eu desmereço
E sim,
Por própria vontade

Eu me deixo



Jeferson Guedes

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Divã


Faz tempo que não escrevo... Talvez eu não tenha um motivo pra escrever. Acho que não tenho mais dor para tirar do peito. Não sinto mais nada, que me deixe fraco. Se de todas as incertezas que eu já tive na minha vida. Hoje eu só espero o futuro. Por hora, do presente eu tento me afastar. Quero poder ver mais longe, enxergar mais nítido. Bom... Talvez nada aconteça como eu espero. Entretanto, vai ser outra mudança pra outro lugar que eu já conheço. E sei lidar com as pessoas... Mas isso vai demorar um pouco ainda... E espero que pra ninguém, seja surpresa, muito menos pra mim. Espero poder me dar bem daqui pra frente... Hoje eu me importo demais comigo. Eu sempre repudiei o narcisismo, e eu não to nesse cume ainda. Muitas surpresas eu tive no começo do ano... Se bem que o final do ano passado foi tão bom... E pude esquecer... Acho que eu tomei algumas atitudes erradas, afinal de contas. “Outro nome, outra ofensa, outro tapa, o mesmo inferno”, todavia... Vou deixar esse inferno. Vou me prender a outro mundo novo que eu já conheço. É... Eu to empolgado, não vejo a hora de voltar. Nem sei se vai dar certo... Vou ter que regurgitar e engolir o meu orgulho. Foda-se, eu sou orgulhoso mesmo! E só vou abrir essa exceção dessa vez... Eu não agüento mais ficar aqui... Eu não vou reclamar de ninguém nessa merda de postagem... E eu to sem saco pra escrever outro poema... Só me deu vontade de escrever, eu acho... E eu busco hoje, mais do que nunca, qualquer oportunidade que me tire um sorriso. O poeta ainda não morreu... Só está sendo sonâmbulo e cuidando da sua tartaruga.

Falou galerinha... Que lê essa merda de blog.

Um abraço Livre em vocês.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Devoradora dos meus sonhos

És tu
Devoradora
Dos meus sonhos
Que já não sei
Do tempo
E nem da vida
Tu que me deste
O abraço mais apertado
E fez meu sangue pulsar
Sobre
Tantas feridas
Qual dor que não senti
Quando partiste?
Não voltaste
Talvez
Tenha se perdido
Entre outros sonhos
Ou
Por outras idas
Não esqueceste nunca
Do meu pecado
Mais cruel
Mais irreal
Mais completo
Sem nenhuma
Culpa
Eu te tenho
Sem pensar tanto
Te lamento
Não voltaste nunca
Mas
Jamais
Partira

Jeferson Guedes

sábado, 1 de janeiro de 2011

Só a falta que me prende

Ainda não consegui

Desfazer o teu sorriso

Sofro

Pois tenho alma de poeta

E faço dos meus dias

Incerteza

Que nela te guardo

Sempre

E

Morro toda vez

Que o dia esclarece

Cada vez mais em mim

Qual hora

Que não pensei

Em estar perto de ti

Em que momento

Tentei fugir

De mim

E me enganar

Por tanto te querer

Não sei o que será

Da vida

Outra bebida

Outro escarro

Outra promessa

A única promessa de felicidade

Que eu tive

Por todo esse tempo

Perdido

E vagando

Sem perceber

Que eu caia

Em cada buraco

Que eu atravessava

Por essa estrada

Que se chama

Vida



Jeferson Guedes

Trecho de "O espelho no espelho " - Michael Ende

"Nesse momento, o filho compreendeu que sua prova havia consistido em ser desobediente e que ele não havia realizado tal tarefa. Sentiu murcharem suas asas produzidas em sonho, caindo no chão qual folhas de outono; e percebeu que nunca mais poderia ser feliz de novo, e que, por mais que durasse sua vida, ele continuaria no labirinto, pois agora era parte dele."


Michael Ende