segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Vagueio e repito

Entregaste-me,
a outros mundos.
Sem vê-la,
que sigo tanto.
Por meu amor
aos imundos.
Iludido,
tanto vagueio,
Contando meus sorrisos.

Amargura,
velha companheira.
Acompanhe-me
a outra dose.
Não me deixes
tomar toda a garrafa.
Sabes que desconheço
meu caminho.

Sem me amargurar,
meu peito flagela.
Ele não suporta
O peso da alegria.
Outra noite,
Que tu foste tão rápida.
Passa mais apressada...
Mas não sei.
Que pressa tem?

Logo,
já é tão claro.
Logo,
arde-me os olhos.
Em outra manhã suave,
Desperto-me,
antes do relógio.
Que mais tosse tenho!
Que mais tenho certeza,
do que seria,
essa eternidade.
Mas é outro café apenas.
É outro sorriso.
Nada além disso.


Sem tê-la junto, comigo.
Triste, amargurada,
ferida que deixo abrir.
Que já tão farto,
de quase tudo.
Mesmo assim,
não a deixo fugir.

E posso até vaguear
por outros mundos.
Mas,
é só o teu nome
que repito.
E é só nos teus olhos
que me perco.
E teu rosto
torna-se o norte,
que da minha bússola
tanto
falta...


Jeferson Guedes

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