domingo, 1 de novembro de 2009

Miragem

E eu passo o resto dos meus dias buscando aquela miragem, que me seduz e faz-me esquecer de pensar. Porque viver contando os dias que não poderão chegar! E no meio desse deserto que não há fim, tão sozinho e esquecido pelo mundo. Já não sei o que posso fazer para aliviar minha cede. E tudo que tenho para beber é apenas meu sangue. Mas não gosto do meu sabor doce. Não consigo beber o meu fluído vermelho, mato a cede dos arbustos que gostam de me experimentar! Sendo eu tão frágil a ser espancado pelo sol de todos os dias... E ainda consigo dar mais um passo para te alcançar! Mas todas as vezes que me aproximo do teu corpo você some entre o branco das areias que ofuscam meus olhos... Por que se afasta de mim? A miragem mais linda que existe nos meus sonhos... Eu já estou tão fraco apenas por te perseguir! Não sei nem quanto tempo já passou desde que saí por aquela porta e me atirei a esmo nesse deserto. Daria a minha última gota de sangue para ti! E mesmo assim some sem ao menos, me dizer um “Olá”. Quão tolo eu me fiz por esquecer da minha vida desde que você apareceu para mim e tirou a minha razão! Maldito seja aquele dia que você apareceu... E me resgatou do meu mundo real... E mesmo assim... Cada dia que vivo... Vivo para te encontrar... E fico feliz até de me enganar, que te verei novamente... Em pensar que te vi por um só momento... E já uma grande tristeza eu guardo... Na verdade eu jamais te vi... Você foi apenas uma miragem...

Jeferon Guedes

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