sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Meus braços

Meus braços
São fracos
E não conseguem
Sustentar
Meus desejos.
E já não seguro
Deixo-os ao relento,
Que espero
Vir até mim
Um sopro tão forte...
Que me separe da vida.
De todos os momentos,
De tudo o que passei.
Sou jovem,
Mas sem vida.
Afogo-me no lago
Das minhas percas,
E lá também encontro
O meu corpo perdido.
A tristeza é tão forte...
Que não resisto
E me entrego
A outros versos,
Sem sorrisos,
Sem esperanças.
Qual foi a noite
Que passei sem ter
Soluços?
Sem ter pensado
Naqueles outros mundos
Que se fazem
Na outra ponta
Do mar?
Que me parece
Ser tão infinito...
Que não há fim.
Passei algum tempo...
Imaginando o que tem do outro lado.
E quando dei por mim...
Você já não estava
Mais comigo.
Perdido e sozinho.
Sou assim,
Desde os meus primeiro passos.
Cresci,
E ainda não entendo
Ao certo...
O que tanto me cerca.
Das pessoas que se importam...
E das outras,
Que eu sei,
Existem,
E estão mortas.
Mas ainda respiram.
Carrego tanto vazio
Nos olhos...
E os meus desejos
Eu deixei
Num lugar,
Que hoje eu já não lembro.
É melhor assim.
Bem sei,
Que das coisas que desejo...
Meus braços são fracos
E não agüentam.



Jeferson Guedes

Um comentário:

  1. Meus Braços
    são fracos
    e não conseguem
    sustentar
    os meus desejos

    com toda a licença para proferir um palavrão


    puta que pariu Jeff ^^que figura de linguagem bela

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