quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Cortina do poema

Eu me agarro
Na cortina do poema.
A cortina está queimando...
Eu me agarro.
Com todas as forças!
Ela arde sobre meu corpo...
Mas eu não solto.
Eu sempre gostei
Das chamas ardendo!
No meu peito tão tristonho...
Eu me agarro no poema.
E ele me queima.
Fiz desse poema
A minha cortina.
Que não me faz...
Enxergar através da janela...
E eu me sinto bem assim.
Não conseguindo ver...
E queimando por dentro.
Ainda assim...
Eu tenho o meu poema.



Jeferson Guedes

Um comentário:

  1. Maravilha, maravilha pura, simplesmente divino é impressionante como essa figura é intensa e verdadeira é um delírio amei amei

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